Tem um tempo que não posto nenhum conteúdo aqui no blog. Esses últimos dias têm sido bem corridos, mas gostaria de fazer um registro diferente dessa vez. Na semana passada, eu tive a oportunidade de palestrar em um evento aqui em Brasília. Era o lançamento de um projeto que terá como foco criar uma rede de empresas comprometidas com o desenvolvimento local.
A programação tinha espaço para uma palestra temática, que tive a alegria de realizar. Escolhi tratar da Responsabilidade Social Corporativa (RSC). E logo no início de minha fala veio a surpresa. Eu sempre busco conhecer melhor minha audiência por meio de perguntas, para poder direcionar a apresentação. Então, indaguei ao grupo de empresários quem conhecia o conceito ou já tinha ouvido falar algo a respeito. Ninguém levantou a mão.
Na hora senti um misto de surpresa e, ao mesmo, satisfação porque eu sabia que poderia dividir o meu conhecimento com aquelas pessoas. Primeiramente, detalhei a RSC, seus princípios, como ela funciona e, em seguida, achei fundamental diferenciar a Responsabilidade Social Corporativa de uma série de outros conceitos.
Ao longo dos últimos anos, venho notado uma enorme confusão de terminologias. Por exemplo, a de que RSC e marketing social fazem parte da mesma coisa. Como já vimos até aqui, o marketing social, apesar de também lidar com questões em benefício da sociedade, tem uma proposta mais profunda, que é gerar uma mudança de comportamento, atitude ou prática. Portanto, eles não podem ser tidos como sinônimos. Assim como também não podem o marketing de causas e a filantropia.
Depois de compartilhar algumas boas práticas corporativas, finalizei a palestra lembrando da importância do engajamento da empresa. Não basta comunicar que tem preocupação com o meio ambiente ou que desenvolve projetos sociais se essa prática não for verdadeira. Hoje, por meio da internet, o consumidor consegue verificar facilmente a veracidade de uma informação. Assim, não vale a pena arriscar a reputação da empresa com um discurso enganoso.
Lembro que, após o encontro, teve um momento para coffee break. Alguns participantes me abordaram e fizeram comentários positivos a respeito da apresentação, especialmente, sobre a diferença de conceitos mostrada. Poder ouvir pessoalmente que consegui esclarecer esses pontos me fez sentir imensamente feliz.
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