Pare, por favor: uma evolução das campanhas de cigarro nas últimas décadas

Todos os anos, em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. A data foi instituída pelas Nações Unidas com o propósito de chamar a atenção para os efeitos nocivos do produto à saúde humana. Quis aproveitar o momento para falar sobre o tema aqui no blog, mas de um jeito diferente. 

Minha ideia é resgatar algumas campanhas sobre o fumo para que você perceba como a questão vem sendo abordada ao longo dos anos, quase uma viagem no tempo. Os materiais serão separados por fases. Assim, você poderá entender melhor as ferramentas de persuasão utilizadas em cada uma. 



Exaltando benefícios
Pode parecer absurdo nos dias de hoje, mas em algum momento do passado a propaganda era permitida. E havia todo um glamour por detrás dos anúncios, que buscavam associar o ato de fumar a um status social. Observe a postura e o olhar desta mulher:



O cigarro também aparecia como uma prova de virilidade para os homens, onde a figura do caubói era resgatada constantemente. Em alguns anúncios, inclusive, o produto era vendido como um tipo de afrodisíaco que faria com as mulheres se aproximassem. 




Persuasão pelo medo
Contudo, chegou uma época que a propaganda de cigarro passou a ser proibida. O discurso, antes focado nos benefícios do produto, de repente ganhou um tom mais impositivo e até mesmo intimidador. Confira:



Nessa fase, como você pode perceber, a persuasão caminha por linhas opostas, destacando o quanto o ato de fumar é prejudicial à sua saúde. São textos impactantes e imagens fortes. Tudo para fazer o público repensar e – mesmo deixar – o hábito. Mas será que deu certo?

Informação, em primeiro lugar
Apesar da intenção, a estratégia de persuadir pelo medo não funcionou. E, muitos fumantes, começaram a criar repulsa das mensagens publicitárias sobre o tema. Para reestabelecer o diálogo, tiveram início campanhas mais educativas, com o objetivo de informar a sociedade sobre os problemas causados pelo cigarro e a importância de ter uma vida saudável. 




É o tipo de mensagem que costumamos ver hoje. Os anúncios adotam um discurso menos incisivo, por vezes até amigável. Perceba que as mensagens estimulam hábitos saudáveis e mostram como é positivo não fumar.

Visão internacional
Enquanto que no Brasil, a propaganda vem evoluindo seu discurso para uma estratégia de persuasão ainda emocional, mas pautada pela qualidade de vida, outros países preferem algo mais forte. Em alguns anúncios, chega a ser chocante mesmo. É o que mostra o vídeo abaixo, que reúne 17 campanhas antitabagismo:



Para finalizar a postagem, aproveito para deixar também essa campanha, trabalhada por meio de um busdoor interativo em um local público de bastante movimento. Se você fosse um fumante, essa ação te faria repensar seu hábito? Deixe seu comentário e até a próxima!



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