Como faço diariamente, abri o navegador e fui consultar os principais jornais de notícias. Uma delas, em especial, me chamou a atenção. Ela falava que mais da metade dos brasileiros estão acima do peso, de acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde. Já vinha pensando em escrever sobre o tema há algum tempo e ler o material me inspirou a trazer algumas reflexões e questionamentos na postagem dessa semana.
A pesquisa foi lançada hoje e revela um avanço significativo de doenças consideradas fatores de risco para enfarte e derrame cerebral, especialmente entre as pessoas com menor escolaridade. As informações foram coletadas por meio de entrevista telefônica, com a população das capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos.
A pesquisa foi lançada hoje e revela um avanço significativo de doenças consideradas fatores de risco para enfarte e derrame cerebral, especialmente entre as pessoas com menor escolaridade. As informações foram coletadas por meio de entrevista telefônica, com a população das capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos.
Marcos Santos/USP Imagens |
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, no ano de 2006, sofriam de diabete 6,3% das mulheres e 4,6% dos homens entrevistados na pesquisa. Dez anos mais tarde, esses percentuais subiram para 9,9% e 7,8%, respectivamente.
Aumento semelhante aconteceu com os quadros de hipertensão arterial e obesidade. Porém, o salto mais significativo aconteceu nos casos de excesso de peso. Em 2006, um total de 47,5% das mulheres e 38,5% dos homens se encontrava nessa condição. Para elas, o percentual chegou a 57,7%, enquanto que eles registraram um avanço ainda mais significativo: 50,5%.
O envelhecimento da população contribui para o aumento dos indicadores, mas a pesquisa reforça que a mudança de hábitos alimentares dos brasileiros é um dos principais pontos. Com o passar dos anos, o consumo regular de arroz e feijão foi ficando de lado do cardápio, apontam os números. Essas singelas mudanças, a longo prazo, afetam diretamente a saúde do brasileiro.
Reflexões
Ao ler a pesquisa não pude deixar de pensar que o Brasil se move de um quadro com milhares de pessoas desnutridas para embarcar na obesidade. Isso é preocupante por diversas razões. A primeira delas é que os brasileiros estão modificando negativamente seus hábitos alimentares. O que vai exigir um esforço maior das autoridades para provocar a mudança de comportamento e estimular o estilo de vida saudável.
Quem acompanha o blog sabe que a construção de uma estratégia de marketing social efetiva conta com inúmeros desafios, dentre eles as nuances nos comportamentos das pessoas. O processo leva tempo, ainda mais se o padrão de comportamento for muito diferente do almejado.
Aumento semelhante aconteceu com os quadros de hipertensão arterial e obesidade. Porém, o salto mais significativo aconteceu nos casos de excesso de peso. Em 2006, um total de 47,5% das mulheres e 38,5% dos homens se encontrava nessa condição. Para elas, o percentual chegou a 57,7%, enquanto que eles registraram um avanço ainda mais significativo: 50,5%.
O envelhecimento da população contribui para o aumento dos indicadores, mas a pesquisa reforça que a mudança de hábitos alimentares dos brasileiros é um dos principais pontos. Com o passar dos anos, o consumo regular de arroz e feijão foi ficando de lado do cardápio, apontam os números. Essas singelas mudanças, a longo prazo, afetam diretamente a saúde do brasileiro.
Reflexões
Ao ler a pesquisa não pude deixar de pensar que o Brasil se move de um quadro com milhares de pessoas desnutridas para embarcar na obesidade. Isso é preocupante por diversas razões. A primeira delas é que os brasileiros estão modificando negativamente seus hábitos alimentares. O que vai exigir um esforço maior das autoridades para provocar a mudança de comportamento e estimular o estilo de vida saudável.
Quem acompanha o blog sabe que a construção de uma estratégia de marketing social efetiva conta com inúmeros desafios, dentre eles as nuances nos comportamentos das pessoas. O processo leva tempo, ainda mais se o padrão de comportamento for muito diferente do almejado.
Ag. Brasil |
Inflamação grave
Porém, o que me preocupa mesmo é que daqui a alguns anos teremos uma inflamação grave na saúde pública do país. Em algum momento, essas pessoas irão buscar – se já não estão buscando – os serviços de saúde. E aí surgem diversos questionamentos como: haverá estrutura para atender a toda essa demanda? Se não, existirá a possibilidade de injetar recursos e ampliar o atendimento? Como vamos conscientizar essas pessoas? As campanhas são suficientes?
As perguntas acabam servindo de reforço para a importância do marketing social. Não que a ferramenta seja a salvação do universo, mas certamente pode gerar uma mudança no comportamento desse público, que terá impacto nos indicadores das doenças.
Porém, o que me preocupa mesmo é que daqui a alguns anos teremos uma inflamação grave na saúde pública do país. Em algum momento, essas pessoas irão buscar – se já não estão buscando – os serviços de saúde. E aí surgem diversos questionamentos como: haverá estrutura para atender a toda essa demanda? Se não, existirá a possibilidade de injetar recursos e ampliar o atendimento? Como vamos conscientizar essas pessoas? As campanhas são suficientes?
As perguntas acabam servindo de reforço para a importância do marketing social. Não que a ferramenta seja a salvação do universo, mas certamente pode gerar uma mudança no comportamento desse público, que terá impacto nos indicadores das doenças.
Veja o vídeo da semana e saiba mais sobre a pesquisa.
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